quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

MINHA DÁDIVA


Para o Rei-Menino, de há tanto esperado,
E agora por anjos e a estrela anunciado
Trouxeram sua dádiva, os sábios, do Oriente,
De mirra, e de incensos, e de ouro fulgente!

Trouxe ela os perfumes do nardo mais raro,
Fragante, oloroso, de certo bem raro,
E a fronte do Mestre, humilde, banhou.
Assim seu amor e sua fé demonstrou.

Mas eles, de oferta, só espinhos trouxeram
Pra fronte bendita, e vis cravos só deram,
Solertes, malvados, pras mãos e pros pés.
Queriam-nO morto, ou bem preso,, em galés.

E deles aos céus mil louvores ascendem
Ao verbo divino de quem só dependem;
- Cordeiro imolado, na cruz, por amor -
A ele tributam os salvos louvor.

E eu trago de oferta, no dia de hoje,
Meu vil coração, pois a vida nos foge,
E pressa já tenho de a Ele o entregar,
Aos pés do Senhor, venho-me colocar.

Tradução de Renato Bivar

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