domingo, 26 de fevereiro de 2012

Cantiga "...eiro" em Três Atos 1º Ato



Pediram-me versos ditosos
Que cante um sonho festeiro
... Poetando o termo -eiro.

Sentei-me na pedra em fio
E em vagares poeteiros
Fiz passar os muitos -eiros.

Revivi tão pós-modernas
Fúteis cenas de estradeiro
De medieval cancioneiro.

Dirigível em quatro rodas,
Cabelos soltos ao vento era gente em estaleiro,
Fumavam insenso da paz com sorriso "mui maneiro".

Enfim caio na vertigem
De poeta milongueiro:
Molho os dedos - vou pensando:
Troco dois por um milheiro,
Canto a rima concebida
Por riso e pouco dinheiro.

Assis Costa

Nenhum comentário:

Postar um comentário