terça-feira, 16 de novembro de 2010

Ao pé de uma fonte


Passa brisa perfumada
Por sobre a fonte saudosa
Que mansamente desliza
Escuta aqui seu queixume
Tanta saudade resume
De quem ausente de Elisa

Vai dizer à minha bela
Que me vistes junto a ela
Carpindo mágoas também
Dá-lhe brisa feiticeira
Lá debaixo da mangueira
Um adeus de quem quer bem.

Tu a verás nas mangueiras
Com as tranças feiticeiras
Sozinha pensando em mim
Com tuas faces de neve
Tu vais e beijas de leve
Na face de um querubim.

Mas se a virgem emudece
Se o rosto empalidece
Se extinguindo o rubor
Mostra-lhe meu nome escrito
E diz-lhe que o proscrito
Ainda suspira de amor.

A poesia de José Augusto Siebra

Enviada por Stela Siebra

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