segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Soneto ao Passado


Relíquias marcadas por vis cartas,

Insensatez, clamura e solidão

Mãos febris que em noites de verão

Deslizaram tão sutis deixando marcas.

Distorções, desventuras, ações pardas,

Verdes lírios disfarçando ingratidão,

Nos segredos praticando invasão

Largas mãos transformando rosto em sardas.

Foi-se o tempo, este palco é sempre o fim

Loiros risos de acrobatas que acenando

Representam o não me quis: ó querubim!

A tristeza à alma traz, manipulando

Um veneno doce-amargo que assim

Com o doce riso a lágrima vem... e vai molhando.


Francisco Assis Costa

Poeta varzealegrense

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