quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Não sou poeta.


Não sou poeta.
Eu escrevo o que está em meu coração
E o que agonia minha alma.
Escrevo o que a mente ordena.
Escrevo sem pudor, sem medo.
Falo de mim e o que não é de mim.
Falo do que vivi e do que deixei de viver.
Falo de sonhos e desejos.
Às vezes sou romântico, às vezes cético.
Com muitas idéias na cabeça
E muitas palavras na boca,
Falo de tudo o que o ouvido quer ouvir
E as mãos querem tocar.

Não sou poeta.
Apenas traduzo sentimentos.
Com lápis e papel eu escrevo
E assim, esvazio a alma.
Sou corpo, sou boca e sou mão.
Sou eu e você.
Sou o céu e o oceano.
O mais profundo
E o mais superficial.
Vivo entre os extremos
Criados pela minha imaginação.

Não sou poeta.

Amar Aires
Publicado no Recanto das Letras em 06/10/2010

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