terça-feira, 31 de janeiro de 2012

UM DOCE AMARGO SAUDOSO


DE LINDA E BUCÓLICA A INCESTUOSAMENTE, MAL CUIDADA............



OH SÃO LUIZ,
... EX ILHA BELA
TE QUERO LINDA
TE QUERO LIMPA,
BELA TE QUERO

O TEU PRESENTE
É A EXPRESSÃO DO FLAGELO
COMO A POLUIÇÃO DE UM LAGO
AS RUINAS DE UM PALÁCIO
E OS ESCOMBROS DE UM CASTELO

O TEU PASSADO
É PAGINA VIVA NA HISTÓRIA
DOS ANSESTRAIS
ÉS UM LEGADO DE GLÓRIAS

O TEU FUTURO
É UMA CAMINHADA INSÓLITA
O TEU AVANÇO
É UM FATO DUVIDOSO

TEU RETROCESSO
TE LEMBRA BELA E BUCÓLICA
EM CADA ESQUINA
UM LAMENTO ESPERANÇOSO

EM CADA ALMA
UMA ANGÚSTIA QUE SUFOCA
EM CADA PEITO
UM DOCE AMARGO SAUDOSO

Tibúrcio Bezerra

DR. PEDRO SÁTIRO

Doutor Pedro Sátiro
Eu, Tibúrcio Bezerra e Doutor Pedro Sátiro

“Há homens que lutam um dia e são bons.
Há outros que lutam um ano e são melhores.
Há aqueles que lutam muitos anos e são muito bons.
Porém, há os que lutam toda a vida.
Estes são os imprescindíveis”.
(Bertold Bretch)



Uma vida e uma história contadas em capítulos:

Iniciado o ano de 1930, longe dos conflitos políticos e sociais que aconteciam no país, no Sítio Boa Vista, município de Várzea Alegre - Ceará, nasce Pedro Alves de Oliveira, nome que foi posteriormente mudado para Pedro Sátiro.

Era 31 de janeiro, quando a família humilde de Joaquim Alves de Oliveira e Maria Alves Bezerra recebia com alegria o terceiro filho. Luiza e João já haviam nascido e depois vieram mais três filhos: Elizeu, Nicolau e Estevão. Ao ser feito seu registro de nascimento houve um erro de data e Pedro foi registrado como tendo nascido no dia 30, o que consta até hoje em todos os seus documentos.

A luta pela sobrevivência veio cedo. Com apenas cinco anos de idade, Pedro inicia sua vida de trabalhador do campo. Indo para a roça poupava sua mãe de trabalhos extras e ia se familiarizando com as tarefas do campo. De sua infância no Sítio Boa Vista nada de extraordinário se pode observar. A vida simples e o cotidiano eram iguais para todas as crianças daquele lugar e daquela época. Porém, com disciplina rígida, seu Joaquim não permitia que os filhos jogassem pião, armassem arapuca e nem brincassem na casa de amigos. Até porque nem havia muito tempo disponível para brincadeiras. Com dez anos de idade, Pedro já sabia ordenhar vacas, encilhar montarias, aparelhar burro e jumento, cambitar, plantar e colher milho, feijão, arroz, algodão, ou seja, todas as atividades da vida no campo ele já desempenhava com habilidade. Ao completar quatorze anos passou também a desempenhar atividades domésticas para auxiliar sua mãe, D. Maria, quando a mesma encontrava-se doente. Se ela viajava, então Pedro assumia as lutas de casa. Foi neste tempo que ele aprendeu a cozinhar, sendo por muitos anos, um bom cozinheiro, coisa que hoje relembra com orgulho e respeito.

Pedro Sátiro nos bancos escolares:

A vontade de estudar veio quando Pedro estava com dezesseis anos, em 1946, lá no Sítio Boa Vista, onde o mesmo morava. Estudar, morando ali, era praticamente impossível. Não havia escola e nem professores. Suas primeiras lições de Português e Matemático aconteceram em 1947, com Raimundo Sátiro, seu primo, que havia deixado os estudos em Fortaleza e encontrava-se residindo no Sítio Boa Vista. Somente em julho do ano seguinte, Pedro recebeu autorização dos pais para freqüentar uma escola particular na cidade. Era o Educandário São Tomaz de Aquino, que tinha como professor e diretor, o jovem Joaquim Correia de Alcântara.
Foram apenas três meses, e o professor voltou a estudar preparando-se para o vestibular de medicina, fechando assim a escola. Pedro passou então a estudar com o professor Valquirio Correia.

Chega o inverno de 1949. Como nesta época as atividades no campo aumentam, Pedro deixou os estudos para ajudar seu pai na lavoura. Seu Joaquim, contudo, vendo nos olhos do filho a vontade de estudar, seu esforço em aprender e ser alguém na vida fez um compromisso com ele e com toda a família: Se houvesse boa safra naquele ano, Pedro seria enviado para uma escola regular fora de Várzea Alegre.

O inverno de 1949 parece ter recebido uma bênção especial de Deus e o resultado da lavoura foi bom. Seu Joaquim cumpre então sua promessa. Aos nove de agosto, Pedro viaja para o Crato no pau-de-arara do conhecido Chagas Bezerra e acompanhado por Vicente “Gago”. Estava sendo recomendado ao professor Zuza Bezerra, um parente que residia naquela cidade.

A viagem durou o dia inteiro e ainda na noite do mesmo dia, Pedro e seu companheiro Vicente “Gago” foram ter com o professor Zuza, levando a ele uma carta de seu Joaquim. Ficou acertado, então, que logo no dia seguinte, juntamente com o professor, Pedro iria conhecer o Colégio.

Foi uma noite de ansiedade e expectativa. Foi também a primeira noite tão longe de casa. No caminho para o colégio, no outro dia cedinho, o professor sugere a Pedro uma mudança nos seus planos. Como havia em Várzea Alegre o professor Valquirio Correia, o melhor seria que Pedro comprasse o livro Admissão ao Ginásio e voltasse para casa, deixando para novembro, seu ingresso definitivo ao colégio de Crato. A sugestão foi aceita. Pedro voltou à Várzea Alegre sob aos cuidados do professor Valquirio, trazendo o livro de Admissão.

No dia 07 de novembro de 1949, já de volta ao Crato, Pedro enfrentou pela primeira vez, uma escola regular. Realiza o velho sonho e dá início a uma nova etapa de sua vida.

No Crato, foi aluno de Dona Chiquinha Piancó, e no início de dezembro de 1949, juntamente com os outros 74 candidatos, fez as provas de admissão ao ginásio: Português, Matemática, Geografia e História do Brasil. Dos cinqüenta e um aprovados, Pedro tirou o primeiro lugar com a média 9,7. Seus esforços começavam a ser recompensados.

Nos anos de 50 e 51, fez o primeiro e o segundo ano ginasial no Colégio Diocesano do Crato, sempre obtendo excelentes notas. Em 1952 novas mudanças ocorrem em sua vida. Viaja para Fortaleza e matricula-se no Colégio São João onde cursa o terceiro ano ginasial e prepara-se para fazer o “madureza”, exame que admitia o aluno no curso científico, o que corresponde ao 2° grau de hoje.

O concurso Madureza é prestado no Liceu do Ceará, e Pedro é aprovado com bons resultados, voltando então para o Colégio Diocesano, no Crato, onde cursou, nos anos de 53 e 54, o primeiro e o segundo científico.

Mais uma vez atendendo aos sábios conselhos do professor Zuza Bezerra, Pedro matricula-se, em 1955, no Colégio Carneiro Leão e no Curso Pernambucano, ambos em Recife, onde Pedro faz o terceiro científico e prepara-se para o exame vestibular, respectivamente.

Foi um ano difícil, de muito estudo, mas Pedro teve seus esforços recompensados quando, em fevereiro de 1956, no ano seguinte, passou no vestibular para medicina, na Faculdade de Medicina da Universidade de Recife. Foram 74 alunos aprovados numa turma de 572 candidatos. O curso de medicina durou seis anos e no dia oito de dezembro de 1961, data em que se festeja Nossa Senhora da Conceição, o jovem Pedro, com 31 anos de idade, recebe, com orgulho e brilhantismo, o grau de Doutor em Medicina. A cerimônia deu-se no Teatro Santa Izabel, na cidade de Recife. Foi a coroação de uma etapa de doze anos de estudo, de sacrifício, de esforços e sonhos. Uma juventude dedicada a um projeto de vida que finalmente se concretizava. Surgiam em seu caminho novos desafios. Era a hora do jovem Pedro Sátiro colocar em prática seus estudos universitários e iniciar sua vida como médico. Missão, vocação e profissionalismo o acompanham desde aquele dia. Um compromisso assumido e jamais esquecido.

Vestindo a couraça do mérito e da honra do seu ofício de médico e da construção de uma família:

No dia 08 de janeiro de 1962 o médico Pedro Sátiro realiza seu primeiro parto na pessoa de Socorro de Toinha de Pedro Preto. Mesmo com uma apresentação transversa, o parto foi feito com sucesso e aquela foi somente a primeira de um incontável número de crianças a virem ao mundo pelas mãos habilidosas do Dr. Pedro. As dificuldades para realizar seu trabalho, contudo, eram enormes. Qualquer caso de destorcia obstétrica ou em outra área da medicina, o paciente devia ser encaminhado ao Crato visto que, em Várzea Alegre, ainda não existia hospital. Suas consultas eram feitas em seu pequeno consultório ou em domicílio.

Foi também no ano de 1962, que Pedro Sátiro deu início a uma outra fase da vida. Em nove de junho, uma noite de sábado, casa-se com a jovem Maria Candice, realizando um grande desejo seu e iniciando uma união que dura até hoje. 37 anos vividos na partilha cotidiana de projetos e sonhos, desafios e expectativas. Muitas vezes sendo Maria Candice um ombro amigo, uma fonte de compreensão e carinho, uma voz prudente a aconselhá-lo e, um ouvido atento ao diálogo necessário a quem junto caminha.

A cerimônia do casamento foi oficiada pelo Padre José Otávio de Andrade.

Pouco mais de um ano do casamento, em sete de julho de 1963, nasceu o primeiro filho do casal, Evandro. Neste mesmo ano Dr. Pedro inicia sua campanha para construção da Casa de Saúde São Raimundo Nonato. Um sonho e uma necessidade que partilhava com todos os varzealegrenses. Com um hospital instalado, muitos sacrifícios e até vidas poupadas, já não se precisaria ir até o Crato para casos comuns de intervenção cirúrgica.

Em nove de setembro de 1965, com a presença do então governador do estado, Cel. Virgílio Távora, é inaugurada a primeira etapa da Casa de Saúde São Raimundo Nonato. E em vinte e sete de fevereiro de 1966, juntamente com o médico Dr. Iran, Socorro Mirim e Eliua, o médico Dr. Pedro Sátiro realiza a primeira cirurgia no município de Várzea Alegre. Foi uma apendicectomia realizada com sucesso no paciente José Panta, natural do Riacho Verde. É o início do atendimento médico hospitalar em Várzea Alegre e de uma nova vida para os varzealegrenses.

Além dos serviços prestados à cidade de Várzea Alegre, nos seus ofícios de médico e político, Dr. Pedro Sátiro prestou também grandes serviços como cidadão e membro do Lions Clube.

Fundado em oito de março de 1965, por vinte e oito cidadãos varzealegrenses, o Lions Clube de Várzea Alegre teve como primeiro presidente, a pessoa de Dr. Pedro Sátiro, com mandato de três meses e reeleito para o ano Leonístico 65/66. De sua fundação para cá, Dr. Pedro foi presidente do Lions Clube no total de nove vezes. Foi secretário uma vez, uma vez presidente de divisão, duas vezes Vice - Governador da Região, e hoje Presidente da Região Leonística.

Já na década seguinte, exatamente em vinte e seis de setembro de 1973, Dr. Pedro foi eleito Presidente do Clube Recreativo de Várzea Alegre, que teve sua estrutura física construída sob sua presidência e seu comando. O Clube Recreativo, com exceção das piscinas, quadra de esportes e salão de jogos, foi inaugurado, em 31 de julho de 1976. Dr. Pedro voltou a ser Presidente deste Clube, no período de setembro de 1973 a dezembro de 1979.

O Ingresso na vida política e social:

Seu ingresso na vida política deu-se no ano de 1966 quando se candidata à Prefeito Municipal e é eleito, em novembro daquele ano. Sua filha Maria Christine havia nascido no mês anterior das eleições, em dezenove de outubro.

A posse como prefeito municipal para o seu primeiro mandato deu-se em 25 de março de 1967 e encerrou em 25 de março de 1971, quando foi transferido ao Sr. Antonio Afonso Diniz.

Dr. Pedro e Maria Candice têm ainda mais dois filhos. Os quais vêm completar a família: Carlile nascido a três de fevereiro de 1968 e Eduardo que nasceu a nove de junho de 1971.

Mais uma vez seu coração de homem público e de homem político desejoso de fazer sempre mais por sua terra e seu povo levou Dr. Pedro Sátiro às campanhas eleitorais. Em 1976 candidata-se novamente a prefeito, sendo eleito no pleito de 15 de novembro daquele ano. Sua posse como prefeito, pela segunda vez, deu-se em 31 de janeiro de 1977, para o mandato de quatro anos. Mandato este que foi prorrogado por mais dois anos, quando foi terminar somente em 31 de janeiro de 1983.

Como o espírito do homem nunca envelhece e os ideais se renovam a cada dia, Dr. Pedro não perde seu amor pelo velho torrão, por sua cidade e nem por sua gente, pois mesmo distante da Prefeitura, nunca deixou de trabalhar e de buscar melhorias para o município. Com seu prestígio e com as suas amizades conseguidas no tempo da política, Dr. Pedro acabou conquistando muitos benefícios para Várzea Alegre, até mesmo no período em que passou afastado do Poder Executivo. Só que a missão ainda não estava completa. Seu espírito guerreiro e acostumado aos desafios da vida o trazia de volta ao cenário político municipal. Em três de outubro de 1992, é eleito pela terceira vez para o cargo de prefeito municipal, para o qual toma posse em primeiro de janeiro de 1993.

Primeiro de janeiro de 1997 é o final de mais um mandato em sua carreira política e décimo quarto ano completado à frente de um município em extensão, caminhando firme para o progresso e o desenvolvimento.

Como o tempo não pára e a vida segue inexorável o seu caminho, Dr. Pedro Sátiro completava, no dia 31 de janeiro de 2000, setenta anos de existência. Vai-se o tempo e fica a história dos ideais e dos sonhos, das lutas e dos desafios, das vitórias e das desilusões, dos risos e das lágrimas. Ficam lembranças e saudades, ficam marcas que a alma carrega e rugas que embelezam a vida. Não sinais de cansaço mais traços que Deus, através dos anos, oferece àqueles que perseveram na luta. Destes anos todos ficou principalmente um apego muito forte à sua Terra da qual ausentou-se somente no tempo de estudante. Ficou um carinho e um afeto a essa gente toda, ao povo varzealegrense. Prova disto são os oitocentos e sessenta e seis afilhados de batismo espalhados por todo o município, e praticamente, por todas as famílias. Afilhados que são frutos de amizades sinceras conquistadas e conservadas em toda a sua existência.

Aos setenta e cinco anos de idade, Dr. Pedro Sátiro continua vivendo a essência de uma vida digna, caracterizada por seus valores morais e éticos, fortalecendo mais e mais a expressão de homem cidadão e merecedor de honra e méritos. A coragem e o dinamismo ainda são partes de sua pessoa. Permanece acesa a chama dos ideais, e somos gratos em saber que ainda o veremos fazer muito por nosso município. O capítulo mais belo de uma história não se finda com o aparecimento de cabelos brancos e nem tampouco com o peso da idade de setenta e cinco anos, mas sim, com a continuidade de benefícios feitos em prol do desenvolvimento social. Haja vista dizer da dedicação do Dr. Pedro Sátiro, diante dos serviços prestados à saúde de Várzea Alegre, quando ainda está à frente da DIREÇÃO do HOSPITAL CASA DE SAUDE SÃO RAIMUNDO NONATO, bem como dos serviços prestados no âmbito da comunicação, da cultura e da imprensa, quando na direção da RÁDIO CULTURA de VÀRZEA ALEGRE.

A vida não pára, enquanto existir homens ilustres, valentes, guerreiros e dedicados à vida de uma gente que preza pela cidadania e democracia de uma cidade, fazendo valer esforços tamanhos (contextualizando e valorizando os princípios morais da população varzealegrense). É Dr. Pedro Sátiro o exemplo desta luta.


Parabéns pelo seus 82 anos de vida e de muitos serviços prestados a população que Deus vos guie os seus passos e que o senhor continue sendo esse homem íntegro e honesto.

A Praça


Seu pai é nome de praça?
O meu é. Mas é uma história por demais interessante.
Graças a Deus, eu tenho vários dons e um deles é ser metida a escrever quando me pedem.
O prefeito da cidade mais uma vez é nosso primo. O meu irmão caçula trabalha com ele, na prefeitura. Sonda a possibilidade de “batizar” com o nome do nosso pai a pracinha que fica em frente a casa onde nossa mãe, aos 94 anos, mora. O assunto foi levado à Câmara dos Vereadores. Um vereador, interessado no assunto, pede que se faça uma biografia e dá entrada ao processo. Escrevo a curta biografia e passo ao irmão que havia iniciado o contato.
Começa-se a ouvir histórias e mais histórias com relação ao nome da tal praça...
Pobre irmão e pobre família!
Aguardamos o grande dia. Esperávamos a homenagem ao Senhor nosso pai. A festa de inauguração foi preparada para o dia trinta e um de janeiro. O aniversário do pai é dia nove do mesmo mês. A festa que seria em homenagem ao pai, foi ao filho. Não ao filho encarregado do nome da praça, mas a outro filho.
Vieram os discursos. Em toda inauguração de praça há discursos. Ainda mais em ano de campanha eleitoral.
Aguardamos um pouco mais. Vestimos a nossa melhor roupa. Acreditávamos que estávamos lá para representá-lo. E mais discursos: de prefeito, ex-prefeito, governador e até do aniversariante. Só não houve discurso do secretário de finanças...Que era o outro irmão!
É chegada a hora de descerrar a placa. Porém neste momento já não estávamos na praça, mas na calçada da casa onde mora a nossa mãe. O coração chorando ao ver que a praça ganhou o seu nome, mas a homenagem foi para o filho.


Artemísia

O príncipe da paz



João 14:25-31

Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou… —João 14:27

Levítico 11–13

Anos atrás conheci um jovem que participava de uma gangue de motociclistas. Ele havia crescido no campo missionário onde seus pais serviam. Quando sua família voltou aos Estados Unidos, ele parecia incapaz de se ajustar à nova realidade. Sua vida foi difícil e ele morreu numa briga de rua, enfrentando uma gangue rival.

Já ajudei em muitos funerais, mas este com certeza foi inesquecível. Foi num parque onde havia montes de grama circundando um pequeno lago. Seus amigos estacionaram suas motos em círculo e sentaram-se na grama em volta de outro amigo e de mim, enquanto conduzíamos o culto. Falamos algo simples e breve sobre paz em meio às facções rivais e sobre a paz interior que o amor de Jesus pode trazer.

Mais tarde, um membro da gangue nos agradeceu, começou a se afastar, mas voltou. Nunca esqueci suas palavras. Ele disse que ele tinha “uma magrela, uma baia e uma patroa” (uma moto, um apartamento e uma namorada), e acrescentou, “Mas não tenho paz.” Então conversamos sobre Jesus que é a nossa paz.

Não importa se temos uma motocicleta ou um Cadillac, uma mansão ou um pequeno apartamento, alguém que amamos ou ninguém — não faz diferença. Sem Jesus, não há paz. Ele disse, “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou” (João 14:27). Este dom é para todos que confiam nele. Você já pediu a Sua paz?



Jesus morreu em nosso lugar para nos dar a Sua paz.
31 de janeiro de 2012

David H. Roper

Publicado no devocionário Nosso Andar Diário / Nosso Pão Diário 1° trimestre de 2012

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

VIGE CUMA ARDEU


NO TRONCO DO JUREMÁ A EMA GEMEU
OS BORREGOS DA BAIXADA CARCARÁ COMEU
SETE PEBAS NA PIMENTA VIGE CUMA ARDEU
... A CIÊNCIA DA ARANHA, DA ABELHA E A MINHA
NINGUÉM PERCEBEU

MAS O NEGÓCIO AGORA, JOÃO!
NÃO É MANÉ PEDRO E ROMÃO

SE FULORA CATINGUEIRO
É FULÔ QUE NÃO TEM CHEIRO
PRAS MORENAS DO GROTÃO
TUDO QUE É BOM VAI SIMBORA
O QUE NÃO PRESTA VEM DE FORA
PRA SUGAR O MARANHÃO.

A SITUAÇÃO TÁ PRETA
SÓ SE FALA EM MICARETA,
HIP-HOP, VANERÃO
FUNK, ARROCHA, AXÉ E REAGUE
A DANÇA DO PAU DO JEGUE.
CALIPSO,TECNOBREGA, LAPADA NO RACHADÃO

MUITA FALTA DE RESPEITO
BALADA COM REBOLATION
LAMBADA COM PANCADÃO
MERENGUE E BREGA RASGADO
O HAPP E CABRA DROGADO
E MUITA ESCULHAMBAÇÃO

A TEMÁTICA RECORRENTE
É DENIGRINDO A MULHER
ENALTECENDO A CACHAÇA
RAPARIGA E CABARÉ

RECORRENDO AO PALAVRÃO
A MÚSICA QUE A BANDA TOCA
QUEM DAQUELA MERDA GOSTA
TIRA ZERO EM REDAÇÃO

PENSE NUM FORROZINHO TABACUDO
E OS PREFEITOS DO RABUDO
LEVAM O AXÉ PRO SERTÃO
A COISA TÁ MUITO FEIA
TÁ SE LASCANDO DA PEIA
QUEM SABE FAZER BAIÃO.

Tibúrcio Bezerra

PENSAMENTO 232


Se pudesse beijar-te, não beijava teus lábios; beijava, com afagos, o teu coração! É dele a minha entrega!

José Valdir Pereira
Poeta e escritor varzealegrense

Do seu livro “semeador de emoções”. Pag. 75

ENIGMAS DA VIDA



Nos diz Cora Coralina
Em seus versos multicores
Que a vida é entremeada
De alegrias e dores
Nos passos que vamos dando
É ora pedras quebrando
Ora semeando flores.

É bom sermos sabedores
Que a nossa vida é assim
Tem aspereza da pedra
E maciez do jardim
O nosso maior dever
É ter razão pra viver
Com firmeza até o fim.

Seja o tempo bom ou ruim
Põe-se em Deus a confiança
Superamos os desânimos
Pela fé e a esperança
Convictos dessa verdade:
Quando acaba a tempestade
Vem em seguida a bonança.

Não tenha a nossa balança
Dois pesos, duas medidas
Se for para quebrar pedras
Sejam forças reunidas
Entre bosques e riachos
Há na vida altos e baixos
Sucessos e recaídas.

Há entradas e saídas
Crescimento e marcha ré
Alguém que alçou alto voo
Mas remou contra a maré
Pra nos olhos não ter venda
É muito bom que se entenda
A vida como ela é.

Tendo como escudo a fé
Seguindo as trilhas do bem
Às vezes quebrando pedras
Colhendo flores também
Deus nos dê boas lunetas
Pra ver melhor as facetas
Confusas que a vida tem.

Autor: Zé Bezerra

http://sertaocaboclo.blogspot.com/

EMOÇÃO


A emoção é tamanha
Que me enterneço
Nas semibreves do desejo

A emoção é tamanha
Que emudeço
Num êxtase profundo

A emoção é tamanha
Que tremulo
De amor ardente.

Rosa Firmo

DICAS NUTRICIONAIS NA MENOPAUSA


*Siga um programa alimentar com baixo teor de gordura para prevenir doenças do coração.
* Acrescente fibras na dieta, de preferência fibras solúveis.
* Pratique exercícios físicos regulares.
* Use alimentos ricos em cálcio para proteger-se da osteoporose.
* Procure usar mais soja em sua alimentação.
* Consuma peixe pelo menos três vezes na semana.
* Ingira alimentos ricos em Vitaminas E: gérmen de trigo, aveia, carnes, feijão, ervilha e pão integral são ótimas fontes.
* Use alimentos ricos em iodo.

Do livro “Comida: um santo remédio”. Ed. Vozes

A BOTIJA




Dona Rosinha, como era chamada carinhosamente minha querida mãe, nos contava uma história interessante sobre uma botija. Dizia ela, sonhar freqüentemente com uma senhora de idade, não identificada na família e nem em amigas de seus pais. Insistia na existência de um vaso cilíndrico de barro com dinheiro e objetos de valor (jóias) no seu interior – mais conhecido como “pote de barro”, enterrado numa das casas que ficava defronte a Praça Siqueira Campos – Crato. Rua lado oposto a do cinema Cassino.
Passava por dificuldades financeiras e havia na personagem do sonho a intenção inconteste de ajudá-la; era um presente que ela estava lhe oferecendo. Dona Rosinha tinha verdadeiro pavor com a mínima possibilidade de ser uma médium. Quando contava algumas histórias e coincidências dessa natureza que acontecia com ela, os ouvintes sempre insistiam nessa possibilidade, ficava angustiada, desesperada. Pavor oriundo talvez pela rígida formação religiosa católica que tinha adquirido na educação a ela dirigida por meus avôs.
No popular quem arranca uma “botija” tem que sair do lugar. Daí outra dificuldade para tornar real essa operação. Não se imaginava sair do Crato e morar em qualquer outra localidade. A primeira já foi dita: dificuldade em acreditar que tinha poderes para contatos com pessoas já falecidas. De outro mundo.
Já bastante incomodada com esse fenômeno psíquico que ocorria involuntariamente durante o sono, resolveu contar a meu pai, primeiramente. Como ele não acreditava “nessas coisas” não deu a mínima atenção. Então resolveu também contar a outras pessoas. Familiares e amigas. Naquela época, entre 1957 e 1960, antes do advento da televisão, principal responsável pelo afastamento das pessoas. Havia o hábito salutar de se encontrem nas calçadas das casas, dependendo do ciclo de amizades, faziam verdadeiras “rodas”, como eram chamados os grupos que se reuniam deste modo. Realizavam essas rodas quase todas as noites. A calçada da casa de minha tia era uma das preferidas, dada sua localização privilegiada: defronte a praça mais importante da cidade: Siqueira Campos.
Numa noite dessas, numa grande roda, onde participavam além de parentes, vizinhos também, resolveu contar seu angustiante sonho. Todos a ouviram atentamente e saíram impressionados com o relato.
Tio Celso, esposo de tia Santa, começou as buscas do tesouro, escavando diversos cômodos de sua residência. Sem, contudo encontrar algo. Passou o tempo, nada mais comentou. A não ser as brincadeiras dirigidas a meu tio pelos incômodos praticados na família e o insucesso nas escavações realizadas. Muito tempo depois, resolveu o vizinho, inesperadamente e sem aparente motivo, mudar-se para a cidade do Recife.
Deixou sua casa fechada. Lá ostentava uma riqueza que não tinha anteriormente em sua cidade natal. Surgiu uma desconfiança. Até que foi então descoberto: Ele havia arrancado a botija e sem dizer nada foi embora pra capital pernambucana. Estava o tesouro procurado localizado em sua casa. Nunca mais aconteceu o sonho com minha mãe.

Heitor Figueiredo

Jovem, lembra do Criador nos dias da tua mocidade


Quão fracos e impotentes somos. Há dois anos, minha cunhada enfrentou duas cirurgias em três semanas. E apesar dos cuidados de médicos, esposo, amigos, ela partiu deixando muita dor. A morte é um inimigo real que ronda a todos nós. Fingimos que não acontecerá conosco, mas precisamos contar com essa possibilidade.

Eu sempre detestei visitar pessoas em hospitais, até o dia que fui trabalhar em um. Ali, você pode ver de tudo. A realidade que não aparece nas ruas: os infortúnios, doenças graves, acidentes, feridos de todo tipo - estão nos hospitais.

Como crente no poder da oração, já pude dar graças a Deus por parente curado de câncer, voltando vivo para casa. Por outro lado, também já orei e jejuei por muitos dias e o resultado foi nulo. Eu posso aceitar a decisão do Senhor em deixar uns e levar outros, mas nunca vou compreender bem as decisões Dele.

Antes de minha cunhada, a irmã Dalva, falecer, tive oportunidade de visitá-la no Hospital. Eu pedi licença por um dia no trabalho e fui com minha esposa e filha lá no Hospital de Pariquera-Açu, depois de Registro. Na ocasião, ao entrar na enfermaria, minha cunhada estava com tubos e eletrodos por todo corpo. Inconsciente, com uma operação de válvula mitral no coração, e outra operação para estancar um hemorragia no cérebro. Eu tinha acabado de orar à sua cabeceira e já me encontrava de saída, quando os outros pacientes me chamaram, porque ela tinha levantado a mão, mesmo em coma. Voltei e segurei com carinho aquela mão, quente, ardendo em febre. Foi a última imagem que tive dela viva.

Muitos oraram, muitos foram até o hospital para orar. Outros esperavam por um milagre que não veio. Diante da aparência da morte, somos como nada. Impotentes. Dependentes do Senhor. Algumas ocasiões Ele responde. Todavia há situações que nem orações nem jejum resolvem. É preciso ter uma confiança bem grande para aceitar a vontade dele quando um parente bem próximo se vai.

Quando o sábio de Eclesiastes escreveu no capítulo 12 v.1: "Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venha os maus dias, e cheguem os anos nos quais venhas a dizer: Não tenho neles contentamento...." ele tinha um propósito. E este propósito é: nascer em Cristo, crescer em Cristo, viver em Cristo para quando seus últimos dias de vida chegarem, você também possa dizer antes de dormir: Eu sei em quem eu tenho crido!

Não se lembra do Criador apenas com palavras, mas, sobretudo, com ações. Hoje é o 29 de janeiro de 2012. Lembra do Criador e de sua ordenança: Ide por todo mundo e pregai o Evangelho a toda Criatura. E guarde bem outra afirmação sublime: "Lança o teu pão sobre as águas, porque depois de muitos dias o acharás!"

Não desperdice a sua juventude com apenas futilidades, inutilidades e uma vida sem propósitos. Em tempos de tanto vício e prostituição, faça um concerto com Deus e consagre sua vida ainda jovem ao Senhor. Não espere pela velhice quando já não terá mais vigor para servir ao Senhor Jesus Cristo.

Para onde todos nós vamos, o que fica para trás são nossas memórias. Muitos já deixaram na história uma vida de futilidades, drogas, ociosidade e hipocrisia. Outros deixaram uma vida de compromisso com Deus, como Paulo, Lutero, Wesley, Judson, Carey, Moody, Nee, Edwards, Berg, Vingren. Jesus Cristo ainda é o mesmo.

O Espírito Santo ainda é o mesmo. Não desperdice sua juventude e força à toa. Não escreva seu nome na areia, deixe o Espírito de Deus se apoderar de você para escrever seu nome na Rocha.

É tempo de refletir e de se aproximar de Deus.

João Cruzué

olharcristao.blogspot.com/

domingo, 29 de janeiro de 2012

Retorno Escolar. Liduina Vilar.

Voltar a labuta
em começo de ano letivo,
recomeçar famosa batuta...
Trabalhar com objetivo.

Olhar para o rosto do aprendiz
que vem com ânsia de conhecer
contribuir para ele ser feliz
e na vida saber empreender.

Missão divina de amor
trabalhar com alunos e alunas
adentrar suas tenras vidas
orientando-os com muito fervor.

“UM DESEJO”


Nos cabelos, o luar
Nos lábios, um beijo ardente
Nos olhos, a minha luz
Nas palavras, o que sente
No coração, o mistério
Que persiste em minha mente.

Na minha vida, a razão
Nos meus sonhos, o motivo
Na minha sede, o desejo
De vê-la sempre comigo
Na loucura do gostar
A paixão, o infinito.

Ó Sol! Que ilumina o caminho
Ó Lua! Que inspira o amor
Ó Deus! Que criou o sentir
Me explique por que tanta dor?

Me ensine senhor, a conquista
Me dê forças, me dê fé
Me dê tudo que preciso
Para viver
Amar
Morrer...
Nos braços dessa mulher.

Francisco Neto de Borges Reis

O DESPREZO DO JUMENTO


É verdade meu senhor
Que o jumento é nosso irmão
Padre Vieira falou
Mas ninguém deu atenção

Eu fiz tudo por escrito
E mostrei pro Gonzagão
Ele achou muito bonito
E gravou logo o baião
A fuga para o Egito
Do jumento nosso irmão
Que Herodes o rei maldito
Perseguidor dos cristãos
Queria matar Jesus
Por inveja e ambição
Mas veio o anjo do céu
E deu toda proteção
José, Maria e Jesus
Fugiram na escuridão
No lombo do jumentinho
Que serviu de condução
Cumprindo o que estava escrito
Se esconderam no Egito
Onde viveu Abraão

Com muito tempo depois
Jesus volta ao seu torrão
Pregando e curando o povo
Pela fé da oração
Perdoou seus inimigos
Cumpriu a sua missão
Morreu cravado na cruz
Para nos dar a salvação.

E o pobre do jumento
Ficou no esquecimento
Sem ninguém lhe dá sustento
Sem nenhuma proteção
Vez em quando um caminhão
Lhe dá uma porretada
Ele cai duro no chão
Se levanta e não diz nada
Vai passando uma porretada
Ele cai duro no chão
Se levanta e não diz nada
Vai passando uma jeguinha
Ele corre em disparada
Monta em cima da bichinha
Dá dois peidos e uma rinchada
A moça ta janela
Fica toda arrrupiada
Grita logo “chega mãe”
Vê que bela presepada!
Ela diz: “cala essa boca”
Feche os olhos e não diga nada
Deixe o pobre do jumento
Transar com sua jegue amada
Isso é coisa do destino
Ta na escritura sagrada

E o pobre do jumento
Foi feliz por um momento
Satisfez o seu intento
Fez amor do seu jeitão
Tudo agora é sofrimento
É desprezo e solidão
Vai morrer no esquecimento
Nas quebradas do sertão
Fica só no pensamento
Que o jumento é nosso irmão.

Zé Clementino.
Letra inédita 28/04/2003

GARIMPAGEM


Seco não é o rio
Riachando areia
Seca é a margem
Que espreita o rio
E lhe suga a seiva

Dor não é a margem
Comprimindo o seco
Dor é o homem
Sugando a margem
Garimpando a vida

Batista de Lima

MANDAMENTO DO BÊBADO


I- BEBER
II- CUSPIR
III- PAGAR
IV- SAIR
V- VOLTAR
VI- REPETIR
VII- TOMBAR
VIII- CAIR
IX- VOMITAR
X- DORMIR.
Estes dois mandamentos se encerram em dois: pau na cabeça e cadeia depois.

Do livro “O Padre do jumento” Pag. 256 de autoria de Amorim Filho e Expedito Duarte. Pag. 130

MINIATURA


OH. QUE SAUDADE VORAZ
DE UMA BELA ADORMECIDA
QUE OS ANOS TOCANDO A VIDA
... O TEMPO DEIXOU PRA TRÁS.

UMA SAUDADE GOTEJANTE
NO MEU PEITO
UMA CIGARRA INTERMITENTE
EM MEU JUIZO

ENTRE VIRTUDES
PECADOS E DEFEITOS
SÓ TINHA OLHOS
PARA VER O PARAÍSO

É NUM PUNHADO DE LEMBRANÇAS
QUE ME APEGO
VIVO ENXARCADO
NUMA CRUEL DESVENTURA
E ESSA APARENCIA
DE TRISTEZA QUE CARREGO
REFLETE AS DORES
DE QUEM JÁ SOFREU TORTURA.

O SEU SORRISO,
EXPRESSA PAZ, BELEZA E CALMA
A SUA AUSÊNCIA,
O DISSABOR DAS AMARGURAS
O SEU SILÊNCIO
TIROU LASCA DA MINH'ALMA
E ACUADO NA DISTÂNCIA
EU VIREI MINIATURA.

Tiburcio Bezerra

BIOGRAFIA DO CANTOR PAULO SÉRGIO


Paulo Sérgio de Macedo, mais conhecido como Paulo Sérgio (Alegre, ES, 10 de março de 1944 – São Paulo, 29 de julho de 1980), foi um cantor e compositor brasileiro.

Não fosse sua morte prematura, aos trinta e seis anos, em decorrência de um derrame cerebral, Paulo Sérgio certamente seria lembrado como um dos maiores nomes da música romântica nacional. O cantor e compositor capixaba iniciou sua carreira em 1968, no Rio de Janeiro, lançando um compacto com o sucesso Última Canção. O disco obteve sucesso imediato e vendeu 60 mil cópias em apenas três semanas, transformando seu intérprete num fenômeno de vendas. A despeito da curta carreira, Paulo Sérgio lançou treze discos e algumas coletâneas, obtendo uma vendagem superior a oito milhões de cópias.



Biografia

Primeiro filho do alfaiate Carlos Beath de Macedo e de Hilda Paula de Macedo, Paulo Sérgio, se não tivesse manifestado desde cedo o intento de tornar-se músico profissional, talvez teria se realizado como alfaiate, haja vista que aos dez anos frequentava a alfaiataria do pai, aprendendo os primeiros segredos da agulha e da tesoura. Porém, a veia artística já se desenhava cedo. Aos seis anos de idade, quando em sua cidade natal Alegre-ES, apareceram as caravanas de artistas de emissoras de rádio do Rio de Janeiro, Paulo Sérgio participou, ao fim do espetáculo, de um mini-concurso de calouros. Foi escolhido o melhor dentre vários concorrentes, passando a ser requisitado como atração especial em todas as festinhas da pequena Alegre.

Ao chegar no Rio de Janeiro, para onde a família se mudara em meados dos anos 50, a trajetória do menino Paulo ganhou uma nova conotação. Estudou no Colégio Pedro II e morava em Brás de Pina, na zona norte carioca, quando terminou o ginásio. Aos 15 anos, foi trabalhar em uma loja no bairro de Bonsucesso. Coincidência ou não, era uma loja de discos e eletrodomésticos, chamada “Casas Rei da Voz”. Como tocava bem violão, logo os amigos o incentivaram e Paulo Sérgio começou a mostrar suas composições.

Os anos 60 sacudiam a juventude e Paulo Sérgio fez seu batismo no programa Hoje é Dia de Rock, comandado por Jair de Taumaturgo, o mais badalado entre os jovens do Rio. Posteriormente, passaria ainda por muitos outros programas de calouros, como o Clube do Rock, do saudoso Rossini Pinto, onde muitos outros ídolos que iriam formar o pessoal da Jovem Guarda se apresentaram. Em 1966, no filme Na Onda do Iê-iê-iê, Paulo Sérgio aparece como calouro do Chacrinha, cantando a canção Sentimental Demais de Altemar Dutra.

Em 1967, uma nova e grande oportunidade de Paulo Sérgio surgiu, quando um amigo seu foi convidado para realizar testes na gravadora Caravelle, do empresário Renato Gaetani. Paulo, então, prontificou-se a acompanhar o amigo ao violão, que infelizmente não teve sorte. Porém, durante o teste, descobriram que Paulo Sérgio também cantava e, já que estava ali, manifestaram interesse em ouvir algumas de suas composições.

Um contrato foi prontamente assinado e dentro de poucos dias Paulo Sérgio gravou um compacto simples, que continha as músicas Benzinho e Lagartinha. Entretanto, a sua afirmação definitiva deu-se com o lançamento, em 1968, do primeiro disco, denominado Paulo Sérgio - Volume 01, que, alavancado pelo grande sucesso Última Canção, vendeu mais de 300.000 cópias. Paralelo ao sucesso meteórico de Paulo Sérgio, surgiu a acusação de que o mesmo era um imitador do cantor Roberto Carlos, então ídolo inconteste da juventude, dada a semelhança do seu timbre vocal. Como contrapartida, naquele mesmo ano Roberto Carlos lançaria o álbum O Inimitável.

Do sucesso inicial advieram propostas para que Paulo Sérgio ingressasse numa grande gravadora. Em 1972, este assinaria um vultoso contrato com a Copacabana, o qual, em razão das cifras envolvidas, foi considerado o maior acontecimento artístico daquele ano. Pelo selo Beverly, Paulo Sérgio lançaria ao todo oito álbuns.

No dia 4 de março de 1972, Paulo Sérgio contraiu matrimônio com Raquel Teles Eugênio de Macedo, a qual conhecera casual e sugestivamente num pequeno acidente de trânsito. O casamento aconteceu secretamente, numa cerimônia simples, em Castilho, pequena cidade do interior de São Paulo. Em 23 de maio de 1974, nascia Rodrigo, que mais tarde usaria artisticamente o cognome de Paulo Sérgio Jr. Além de Rodrigo, Paulo Sérgio tivera ainda duas filhas, Paula Mara e Jaqueline Lira, fruto de relacionamentos anteriores.

Últimos momentos

No dia 27 de julho de 1980, um domingo, Paulo Sérgio fez sua última apresentação na TV. Esta ocorreu no programa do apresentador Édson Cury (o Bolinha), da Rede Bandeirantes de Televisão, onde cantou duas músicas do seu último trabalho fonográfico: “O Que Mais Você Quer de Mim” e “Coroação”. Logo após apresentar-se no “Programa do Bolinha”, nos arredores do teatro onde aquele programa era veiculado, na Avenida Brigadeiro Luiz Antônio (São Paulo-SP), Paulo Sérgio envolveu-se num incidente que talvez tenha provocado sua morte.

Ele saiu do auditório para pegar seu carro, estacionado próximo à Avenida Brigadeiro Luís Antônio. Várias fãs o cercaram. Queriam beijos, autógrafos, carinhos, fotografias. Uma delas, agressivamente, começou a comentar fatos relacionados à vida íntima do cantor e sua mulher, Raquel Telles Eugênio de Macedo.

Para evitar encrencas os amigos trataram de afastar Paulo dela, enquanto a moça garantia que ainda tinha muito a dizer. Já nervoso, Paulo Sérgio deu a partida em seu carro, mas, quando manobrou o veículo, foi atingido por uma pedrada no para-brisa. Fora de si, ele desceu do automóvel e partiu em perseguição à moça. Esta se refugiou no interior de um edifício, para onde o zelador não permitiu que Paulo a seguisse. Furioso, Paulo avaliou os danos causados a seu veículo e aguardou vários minutos, na calçada, que a garota voltasse à rua.

Seus acompanhantes procuraram acalmá-lo. Ele ainda teria de cumprir três apresentações, antes que o domingo terminasse. Finalmente, o convenceram a esquecer o incidente e sair dali. Rumaram para uma pizzaria em Moema. Paulo tentou fazer um lanche, mas não conseguiu comer direito. Tinha muita dor de cabeça e nenhum apetite.

A primeira apresentação foi no Grajaú. Quando terminou de cantar, Paulo chamou seu secretário, pedindo a ele que encontrasse uma farmácia e providenciasse comprimidos para sua dor de cabeça, que estava cada vez mais violenta. Ingeriu dois de uma só vez e partiu para Itapecerica da Serra. Mas lá só conseguiu cantar quatro músicas. A sua cabeça latejava dolorosa e implacavelmente e a sua visão estava começando a ficar turva. Ele cambaleou até o camarim. Logo depois, os amigos o encontraram alternando-se entre gemidos e gritos de dor e tendo tremores por todo o corpo. Foi levado até o carro e transportado para o Hospital Piratininga. De lá, o enviaram para o Hospital São Paulo. Quando chegou ao mesmo, já estava em coma. O diagnóstico foi rápido e assustador: Paulo Sérgio tivera um derrame cerebral.

Após as primeiras providências clínicas, Paulo Sérgio foi internado na Unidade de Terapia Intensiva. Teve início assim uma desesperada batalha pela sua sobrevivência. Amigos e parentes foram alertados. Apesar de preocupados, todos, tanto familiares como fãs e equipe médica, estavam confiantes até aquele momento. Afinal, ele era um homem forte, sadio… e com apenas 36 anos. Com esse perfil, todos acreditavam que não havia motivo para que se duvidasse de sua recuperação.

No entanto, mesmo com a equipe médica fazendo tudo que foi possível, seu esforço de nada adiantou. Na manhã de segunda-feira, 28 de julho, os corredores do hospital já estavam repletos de pessoas que queriam ver e saber alguma notícia sobre o estado de Paulo Sérgio. O otimismo já cedia lugar a um certo desespero. Afora os familiares, ninguém mais naquele momento tinha autorização para entrar na UTI, onde ele se encontrava.

As reações de Paulo Sérgio continuavam desfavoráveis. O Dr. Pimenta, chefe da equipe que incansavelmente tentava reabilitar o cantor, após exames minuciosos, revelou aos familiares de Paulo que suas possibilidades de sobrevivência já eram mínimas, quase nulas. Mesmo assim, a luta prosseguia. No hospital, a vigília permanecia continua. Mais uma noite e o estado de saúde de Paulo Sérgio, ao invés de melhorar, se agravou. Às 14 horas e trinta minutos de terça-feira, 29 de julho, já não havia a menor possibilidade de melhora. O cantor Paulo Sérgio estava praticamente sem vida, apenas os aparelhos mantinham sua respiração e seus batimentos cardíacos. Às vinte horas e trinta minutos, foi anunciado o fim de sua longa e dolorosa agonia. Apesar de todo o esforço feito para salvá-lo, Paulo Sérgio estava morto.

Durante a madrugada e a manhã seguinte o corpo do cantor ficou exposto para visitação no velório do Cemitério de Vila Mariana, em São Paulo. Atendendo ao pedido dos pais de Paulo Sérgio, o seu corpo foi sepultado no Rio de Janeiro. Na capital carioca, o velório ocorreu no Cemitério do Caju. Entre os cantores que prestaram suas últimas homenagens, podemos citar Antônio Marcos, Jerry Adriani, Agnaldo Timóteo e Zé Rodrix. Às 16 horas do dia 30 de julho (quarta-feira), o seu corpo baixou à sepultura ao som de seu maior sucesso, “Última Canção”.

Para fazer justiça, acrescento o crédito para o compositor de Última Canção, que é Carlos Roberto Nascimento, que compôs a maioria dos sucessos gravados por Paulo Sérgio.

*Fonte wikipédia

Amigos genuínos


João 15:9-17

Já não vos chamo servos […] mas […] amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho dado a conhecer. —João 15:15

Levítico 5–7

Especialistas que rastreiam a mudança de vocabulário da língua inglesa escolheram a palavra unfriend (deixar de ser amigo) como a palavra do ano de 2009 do dicionário americano New Oxford. Eles definiram a palavra como um verbo, “remover alguém de seu grupo de amigos em uma rede social,” como o Facebook. Nesse site, amigos permitem acessos às informações pessoais, entre si, em suas páginas iniciais. Podem nunca se encontrar pessoalmente nem mesmo conversar on-line. Em nosso mundo de conhecidos virtuais e passageiros, passamos a perceber que ter um amigo verdadeiro tem mais significado agora do que em qualquer outro tempo.

Quando Jesus chamou Seus discípulo de amigos (João 15:15), Ele falou de um relacionamento singular envolvendo o compromisso mútuo. Faltavam apenas algumas horas para que Ele entregasse Sua vida (v.13) e pediu-lhes que demonstrassem sua amizade guardando Seus mandamentos (v.14). Mais surpreendente, talvez, seja a afirmação de Jesus: “Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho dado a conhecer” (v.15).

Em uma amizade genuína, a fidelidade de um pode amparar a do outro em momentos de desencorajamento ou medo. Jesus é esse amparo para nós — nosso amigo eterno, sempre fiel.


O amigo mais querido na terra não passa de uma sombra se for comparado a Jesus.
29 de janeiro de 2012

David C. McCasland

Publicado no devocionário Nosso Andar Diário / Nosso Pão Diário 1° trimestre de 2012

sábado, 28 de janeiro de 2012

Agricultores de Várzea Alegre em ritmo de carnaval

ESURD
MIS

Várzea Alegre. O repicar dos tamborins já ecoa nesta cidade, distante 430 quilômetros de Fortaleza. Músicos, carnavalescos, passistas e operários da Escola de Samba Unidos do Roçado de Dentro (Esurd) e da Mocidade Independente do Sanharol (MIS) trabalham em ritmo intenso para confeccionar fantasias, montar carros alegóricos e painéis para o desfile no domingo e na segunda-feira de Carnaval, no próximo mês.

Os organizadores do evento prometem muitas novidades, ampliação do número de passistas e melhoria da qualidade do desfile. A Prefeitura reafirma que será um dos carnavais mais animados do Ceará. Neste ano, a Esurd, escola fundada há 49 anos, por agricultores, traz para a avenida o tema "Tributo a Várzea Alegre, terra de todos nós". O enredo do samba foi elaborado pela carnavalesca Daise Diniz e pelo músico Nonato Souza.

De acordo com o presidente da Esurd, Vicente Meneses, cerca de 300 pessoas trabalham diariamente na confecção de fantasias, de um carro alegórico e de painéis decorativos. A bateria, que tem cerca de 100 integrantes, promove ensaios na sede da escola, no Sítio Roçado de Dentro, desde dezembro passado, quando o enredo foi definido. São cinco puxadores do samba, cavaquinho, violão e os cantores que animam as tardes e noites no barracão da Esurd.

A Esurd sairá com 15 alas e 800 componentes. Os curiosos contrastes de Várzea Alegre, que povoam o imaginário popular e ganharam letra de música elaborada por José Clementino e Luiz Gonzaga, serão lembrados no desfile deste ano. "Vamos fazer homenagens aos pontos de encontro da cidade, bares, restaurantes, do passado e atuais", destacou Vicente Menezes.

A Esurd prepara-se para comemorar meio século de existência em 2013. "Já estamos vivendo essa expectativa e imaginando o bolo que terá no desfile do próximo ano", disse Menezes.

Em várias casas do Sítio Roçado de Dentro, a 3km do Centro da cidade, o trabalho de um grupo de costureiras é intenso para preparar as alegorias. As mulheres correm contra o tempo, afinal, faltam 23 dias para o desfile, que será no domingo, 19 de fevereiro. As chuvas já chegaram e, sem esquecer a lavoura, agricultores se prepara para o tradicional desfile carnavalesco.

A escola nasceu de uma brincadeira, quando, em 1963, três músicos, pequenos produtores rurais, resolveram sair tocando sanfona, zabumba e pandeiro. O grupo voltou a se reunir nos anos seguintes e nunca mais parou. O bloco cresceu e se transformou em escola de samba. Muitas surpresas, fantasias de luxo distribuídas em 18 alas, cinco carros alegóricos e 850 passistas, com muito brilho, plumas e paetês.

Uma estrutura semelhante aos desfiles do Rio de Janeiro e de São Paulo - é o que prometem os organizadores do Grêmio Recreativo Escola de Samba Mocidade Independente do Sanharol. O tema deste ano é "Várzea Alegre de canto a canto", com a história e a cultura dos cinco distritos e da cidade.

"O clima é de muita expectativa e empolgação", disse o presidente da MIS, Pedro Morais de Aquino. No sábado de Carnaval, 18, acontece o desfile da Escola de Samba Mocidade Mirim, com a participação de 300 crianças e adolescentes, distribuídas em dez alas. Na segunda-feira, dia 20, será a vez do grupo principal, que neste ano contratou um carnavalesco com experiência em desfiles no Rio de Janeiro e em São Paulo, Sávio Cesann.

Diretores da MIS visitaram, no ano passado, escolas de samba do Rio e São Paulo para conhecer técnicas de preparação de fantasias, carros alegóricos e o trabalho nos barracões. "Vamos investir cerca de R$ 85 mil e a receita vem de doações, patrocinadores, promoções e apoio da Prefeitura", explicou Pedro Aquino. "Desde junho passado estamos mobilizados, mas o trabalho intensificou-se em cinco barracões em novembro", destaca. Ao todo, são 1.500 operários - incluindo costureiras - distribuídos em cinco barracões.

Mais informações:
Sec. de Cultura de Várzea Alegre, (88) 3541. 1548; Vicente Meneses, pres. da Esurd, (88) 9239. 1932 Pedro Aquino, presidente da MIS
Fone: (88) 9964. 5504

HONÓRIO BARBOSA

http://diariodonordeste.globo.com

PRINCIPAIS USOS DO EUCALIPTO


*Controlador de erosão
* Quebra vento (plantio em faixas)
* Movelaria (Móveis domésticos, escritórios, escolares, industriais etc.)
* Caixas (embalagens para hortifrugranjeiros)
* Papel
* Lenha
*Carvão
*Estacas (madeira curral, cercas), com tratamento simplificado na própria fazenda.
*CONSTRUÇÃO CIVÍL ( aduelas, portas, assoalhos, forros, esquadrias, telhados etc.

NOTA: Sendo uma espécie de rápido crescimento, será capaz de proteger nossas reservas naturais.

DDF (Diretoriade Desevolvimento Florestal)

LANÇAMENTO DO LIVRO DE BEATRIZ JUCÁ



Vocês não podem perder hoje em Várzea Alegre, o lançamento do livro "Unidos no Roçado, vidas entrelaçadas de saudades e samba" da jornalista e escritora Beatriz Jucá. Esse livro e muito bom, muito bem escrito, você ao ler esse livro, se sente como se estivesse lá no Roçado de Dentro, convivendo com aquela gente humilde e de muito samba na veia. Compareçam e prestigiem esse grande lançamento.

LÁ VEM A BANDA


Pessoal, aí vem ela! É a filarmônica, para uns ou fanfarra para outros. De qualquer modo é a popularíssima banda de música, a mesma que Chico Buarque nos presenteou, dedicando-lhe belíssima melodia, que hoje é cantada aqui e alhures.
Quando ela passa, todos nós vamos para onde ela for, acompanhando os seus ruídos melódicos, vibrantes e harmoniosos.
A banda de música é presença indispensável em procissões, fatos históricos, solenidade simples e importante ou alegrando no coreto dos jardins, sempre com aquela perfeição, operando o milagre dessa arte universal, que é a música.
È intensa, vibrante e alegre a banda de música. Por força dessa atração ela é solene e grandiosa, provocando a emoção coletiva de um povo. É o dó-ré-mi deslizando sempre num clima esperto e doce, melodioso, envolvente.
Desfilando garbosamente, é dardejante o som do trombone; é brilhante o timbre do trompete, esfuziante a sonoridade do clarinete.
Metais em disposição bem coordenada, secundados pelos instrumentos de marcação que dão beleza e ritmo. Ordem, simetria, seriedade. A banda é tudo isto e mais alguma coisa: alegra os nossos corações e também comove quando envolta em crepe, ás vezes: silenciosa, vagarosa, a soluçar cadenciadamente.
A banda de música. Ou como queiram, a “furiosa”, desempenha papel preponderante onde quer que se apresente, ensejando a mais vibrante expressão, ora de sentimento, ora de galhardia. Ontem, hoje... Sempre.

Amarílio Carvalho

Deputado Pastor Marco Feliciano em ação para tirar o Big Brother Brasil do ar: “é uma liquidação barata e banal dos bons costumes”


O deputado federal Marco Feliciano (PSC/SP) anunciou recentemente que vai entrar com um recurso junto ao Poder Legislativo para retirar do ar o reality show Big Brother Brasil 12, veiculado pela TV Globo. Agora o pastor e deputado dá maiores declarações sobre o assunto.

Feliciano disse em uma entrevista ao The Christian Post que sua motivação para entrar com a ação foi ver “a liquidação barata e banal dos bons costumes, somado ao desprezo dos valores familiares, e o desrespeito às diversas crenças deste povo, sendo a maior delas o cristianismo, seguido por 95% dos brasileiros”. Segundo ele outra motivação foi a grande repercussão entre as famílias, clamando para que as autoridades tomassem alguma providência.

Feliciano explica que terá como base de sua moção o artigo 221 da Constituição Federal, que no inciso IV diz que a programação de emissoras de rádio e televisão deve primar pelo “respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família”. “Sendo a emissora responsável pelo direito de veiculação do BBB, uma concessão pública em rede aberta, ela está sujeita as sanções da lei visto que, os direitos garantidos pela nossa constituição são inegociáveis. Junto com os direitos vêm os deveres, que deverem ser obedecidos, e aqui foram feridos”, completou o parlamentar.

Sobre o andamento do processo ele informou que está aguardando o fim do recesso da Câmara Federal e que, nesse meio tempo, está buscando apoio de outros parlamentares e personalidades para a iniciativa.

Feliciano destacou ainda o poder do povo citando a petição pública criada na internet contra o programa, e afirmou: “se no meio do caminho não houver “negociatas” e “afrouxamentos” não tenho dúvida que este programa será interrompido”.

O deputado encerrou a entrevista mandando um recado para os governantes. Citando o filósofo alemão Georg Christoph Lichtenberg, Feliciano disse: “Quando os que mandam perdem a vergonha, os que obedecem perdem o respeito”.

Fonte: Gospel+ / o guarda de israel

Frenesi alimentício


Mateus 5:1-12

Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. —Mateus 5:7

Levítico 1–4

As pessoas que estudam os tubarões nos dizem que eles tendem a atacar quando percebem que há sangue na água. O sangue age como um gatilho em seu mecanismo de alimentação e eles atacam, geralmente em grupo, criando um frenesi alimentício mortal. O sangue na água indica a vulnerabilidade do alvo.

Infelizmente, é assim que algumas vezes as pessoas na igreja reagem àqueles que estão sofrendo. Em vez de ser uma comunidade onde as pessoas são amadas, cuidadas e nutridas, pode se tornar um ambiente perigoso onde os predadores procuram pelo “sangue na água” das faltas ou fraquezas de alguém. E então começa o frenesi alimentício.

Em vez de chutar quem já está caído, deveríamos oferecer o encorajamento de Cristo ajudando a restabelecer o caído. É claro que não devemos tolerar o comportamento pecaminoso, mas o nosso Senhor nos chama para manifestar graça. Ele disse: “Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia” (Mateus 5:7). Misericórdia tem sido descrita como não receber o que merecemos, e todos nós merecemos o julgamento eterno. O mesmo Deus que nos mostra misericórdia em Cristo nos chama para demonstrar misericórdia uns aos outros.

Portanto, quando virmos sangue na água, busquemos demonstrar misericórdia. Poderá chegar o dia em que desejaremos que alguém demonstre misericórdia conosco!



Podemos deixar de demonstrar misericórdia a outros quando Cristo deixar de fazê-lo por nós.
28 de janeiro de 2012

Bill Crowder

Publicado no devocionário Nosso Andar Diário / Nosso Pão Diário 1° trimestre de 2012

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

SÁBIA E A LARANJEIRA


Sabiá na laranjeira
Fez seu ninho pra morar
Tempos depois
Fugiu do seu lindo lar
Deixando dois filhotes
A lhe esperar
Tempos depois voltou
Vou levar meus filhotes
Para cantar junto a mim
Cantar para o nordestino
Para o Brasil! Enfim
Pois é feliz nesta vida
Que vive para cantar
Adeus! voltarei um dia pra minha linda laranjeira!!
Com seu cantar lindo e saudoso
Bateu asas para voar!!

Lídia Pinheiro de Moura

tia da Rosemary Borges Xavier

ZABÉ CANGACEIRA E LAMPIÃO


As peripécias e valentias de Zabé Cangaceira haviam se alastrado, ganhado o mundo nordestino, ecoado mata adentro até chegar aos ouvidos de Virgulino Ferreira da Silva, o temido Lampião. Informado sobre tudo que acontecia ao redor, de certo modo a saga da destemida já havia virado zunzum-zunzum dentre o bando, despertando-lhe diferenciado interesse.
O senhor das revoltas sertanejas logo quis conhecer além do que se comentava por ali, procurando saber de tudo, timtim por timtim. Um coiteiro se fez de mensageiro da notícia e contou a história da mulher de cabo a rabo. E confirmou que ela havia organizado um bando de mulheres raivosas, decididas e de armas em punho, que expulsaram das redondezas interioranas tudo que havia de homem casado safado e mulher quengueira.
Lampião achou interessante a história e, chamando-o perto de uma moita mais afastada, ordenou ao coiteiro que fosse até a dita valentona e lhe entregasse um bilhetinho que iria escrever. Então rabiscou três linhas dizendo que tinha muito interesse de conhecê-la pessoalmente, ali mesmo no esconderijo onde se encontrava. E pediu ao mensageiro que passasse todas as informações sobre como chegar ao lugar.
No dia seguinte, logo no clarear do dia, Zabé cortou vereda, subiu e desceu a serra, chegando enfim ao ninho de cobra acompanhada do coiteiro. Estranho é que já trazia um saco de mantimento, roupas apropriadas para a vida na caatinga e algumas armas que já guardava desde outras batalhas. Pelo jeito já tencionava ficar, como de fato ficou fazendo parte do bando.
Assim que a mulher foi apresentada ao Capitão e este a vasculhou de cima a baixo, e antes mesmo de qualquer conversa mais demorada, foi repassada ordem para que Zabé fosse apresentada aos demais cangaceiros e confirmado que dali em diante ela seria mais uma seguindo o mesmo destino. Mas quem não ficou gostando nem um pouquinho dessa história foi Maria Bonita, sua agrestina esposa.
Com o olho mais que apurado, retina de enxergar a cor dos olhos de vagalume no breu da noite, Maria Bonita percebeu um leve sorriso no rosto de Lampião assim que avistou a novata. E disse consigo mesma que aquilo não ia cheirar nada bem, pois se aquela zinha começasse a arrastar as asinhas pro seu homem não demoraria pra sair dali com uma quente e outra fervendo. Se não fizesse pior.
Mesmo se roendo por dentro, raivosa e enciumada até dizer chega, Maria Bonita preferiu silenciar e fazer de conta que não havia acontecido nada demais. Ora, era apenas mais uma mulher fazendo parte do bando, como aliás outras já o acompanhava há tempos. Só que aquelas outras já eram compromissadas com cangaceiro mesmo, muitas vezes vivendo as agruras daquela vida por amor ao seu homem. Mas agora a situação era outra, pois pelo que sabia a tal Zabé era solteira, espadaúda, bonitona.
Mas ficou mesmo em tempo de explodir quando viu Lampião abrir um embornal e escolher um vidro cheinho de perfume e seguir em direção a Zabé para lhe presentear. Levantou afoita, se formigando toda, e assim que o Capitão colocou a água de colônia na mão da outra, avançou feito raposa arisca e arrebatou o objeto, abrindo o frasco em seguida e derramando todo o líquido aos pés da nova e assustada cangaceira.
A atitude de Maria Bonita deixou Zabé num envergonhamento de baixar a cabeça para pensar melhor antes que tivesse uma reação desnecessária para aquele momento. Mas num segundo já lhe veio à mente o que fazer. E descaradamente disse: “Num tem nada não meu Capitão. Água de cheiro aos poucos perde mesmo o perfume. Diferente do perfume de sua presença, que cheira a sertão e a tudo de bom”.
As consequencias dessas palavras foram as piores possíveis para Zabé. Mesmo a força de Lampião, sua tentativa desesperada de que não acontecesse o pior, nada disso impediu que Maria Bonita apanhasse ao redor um pedaço de pau espinhento e partisse pra cima da desditosa. Deu uma paulada que a mulher se curvou toda, deu outra perto das ancas que os gemidos brotaram.
Não deixou a mulher completamente moída porque esta não esperou por tempo ainda pior. Deu um último olhar para o seu inerte Capitão e se danou a correr mundo afora, pulando por cima de pedras, arrancando garrancho, se lanhando toda nos espinhos de mandacarus e xiquexiques.
Lampião tinha os seus motivos para não interferir com mais força. Se quisesse Maria nem tinha derramado o perfume e começado aquele surramento todo. Até que gostaria que Zabé ficasse, mas até gostou que a cangaceira partisse. Seria mais difícil manter a paz entre aquelas mulheres do que lutar contra inimigos.



Rangel Alves da Costa*

Poeta e cronista
e-mail: rangel_adv1@hotmail.com
blograngel-sertao.blogspot.com

Morar na casa do SENHOR


Uma coisa pedi ao SENHOR, e a buscarei: que possa morar na casa do SENHOR todos
os dias da minha vida, para contemplar a formosura do SENHOR, e inquirir no seu templo.
Porque no dia da adversidade me esconderá no seu pavilhão; no oculto
do seu tabernáculo me esconderá; por-me-ás sobre uma rocha.
Salmos 27:4-5

Pedir a Deus uma coisa, só uma coisa:
Para viver com Ele em Sua casa celestial,
É o único lugar tranquilo, seguro;
Quero contemplar a Sua beleza.


http://isabel-meneses.blogspot.com

A terra do mais


Apocalipse 22:1-5

Nós, porém, segundo a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita justiça. —2 Pedro 3:13

Êxodo 35–37

Em um comercial de televisão que vi recentemente, as crianças discutiam no assento de trás do carro sobre onde deveriam jantar. Uma queria pizza; a outra preferia frango. A mamãe, no assento dianteiro do passageiro, disse: “Hoje vamos comer hambúrgueres.”

Papai rapidamente resolveu a discussão familiar com a seguinte ideia: “Vamos parar num restaurante bufê, e cada um poderá comer o que e o quanto quiser.” O comercial termina assim: “Resolva os problemas da refeição em sua família. Vá ao restaurante a ‘Terra do Mais.’”

Quando vi o comercial, pensei em outra “Terra do Mais”: o céu. É um lugar onde haverá tudo o que precisarmos. O principal é que estaremos na presença do Deus Todo-Poderoso. Ao descrever o céu, o apóstolo João disse que lá “…estará o trono de Deus e do Cordeiro…” (Apocalipse 22:3). Nossas almas sedentas serão completamente satisfeitas com o “rio da água da vida” que sai do Seu trono (22:1), porque Ele diz ao Seu povo, “…Eu, a quem tem sede, darei de graça…” (21:6). Outro “mais” nesta terra será a árvore da vida “…para a cura dos povos” (22:2). Não encontraremos nesta terra do “mais” as maldições (22:3), a morte, a tristeza e as lágrimas (21:4).

No mundo porvir seremos completamente satisfeitos. Você está pronto para ir?


Terra — um lugar de lutas; céu — um lugar de alegrias.
26 de janeiro de 2012

Anne Cetas

Publicado no devocionário Nosso Andar Diário / Nosso Pão Diário 1° trimestre de 2012