domingo, 10 de fevereiro de 2013

AO JOVEM ESCRITOR




  É válido dizer que o ato de escrever estimula o aluno a refletir sobre a informação que recebe e vice-versa. “Quando se escreve o exercício de ler está acompanhado da prática de redação. Estes dois atos são mecânicos, e sim da reflexão”, argumentou o presidente do sindicato do estabelecimentos de ensino do município do Rio de Janeiro, José Antônio Teixeira, ao caderno de Educação Folha Dirigida, em 2003.
  Os professores acreditam que a leitura é a melhor arma para quem pretende escrever com qualidade e clareza. O que não deixa de ser verdade, já que armazenamos idéias e vocabulário a cada livro que lemos. Basta dedicar, diariamente, algumas horas à leitura.
  Todavia, mergulhados cada vez mais no mundo eletrônico, regido pela televisão e internet, o livro passa a ser, para os alunos, uma alternativa de entretenimento distante. É preciso que pais e professores desenvolvam esforços para conscientizá-los dos benefícios proporcionados pela leitura. A escola deve deixar claro que a leitura e a produção textual são fundamentais para o sucesso profissional e para o exercício da cidadania. Atualmente, o mínimo que se exige do cidadão é que ele saiba se expressar corretamente.
  É importante ler tudo, dos quadrinhos, à página policial, dos clássicos literários como Machado de Assis às obras internacionais. A leitura é mesmo importante, contudo só ela não basta, é preciso organizar debates para melhorar sua expressividade e capacidade de argumentação e comunicação com outros indivíduos.
  Esteja habituado a articular a fala e a defender suas idéias, dessa forma estará traçando o caminho para a boa comunicação, seja ela falada ou escrita. Além disso, a técnica dissipa, aos poucos, a fobia de falar em público. Ideal para pessoas que escrevem maravilhosamente, mas, quando falam, têm sérios problemas.
  No mais, um escritor não nasce da noite para o dia, é como uma pedra preciosa que precisa ser lapidada, moldada. Nada que a prática constante não dê jeito. Tenha garra, perseverança e fé. Já dizia o poeta modernista Carlos Drummond de Andrade: ainda que “gaste uma hora pensando um verso que a pena não quer escrever...” jamais desista, tudo pode ser conseguido quando se tem um objetivo, basta dedicar-se a ele de corpo e alma.

Eletícia Quintão e Carlos dos Santos 

 
  

Um comentário:

  1. Gostei demais do texto e acho que serve de incentivo não só para quem quer escrever um livro, mais para todos nós.
    Desejo-lhe um ótimo feriado.
    (:

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