sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

ESCREVER




  Existem pessoas que são verdadeiros mestres em oratórias. Conseguem convencer com as palavras porque as emprega corretamente. Contudo, quando precisam passar uma idéia para o papel ela não flui, o texto torna-se repetitivo e embaraçado, e a pessoa não consegue se fazer entender.
  Falar bem é necessário, mas escrever bem é primordial. Se o discurso convence – e até mesmo um discurso precisa se previamente escrito para que saia bom – a escrita prova. É a escrita que eterniza o momento, registra o cotidiano, conta a história do homem com suas angústias e medos; retrata a dor e o prazer. O homem escritor morre, mas sua essência fica no papel. Sentimentos, pensamentos, ideologia, ódios e amores são capazes de revelar, nas entrelinhas, o tipo de pessoa que era.
  Grande parte da história do povo egípcio foi descoberta através da escrita. Um povo muito evoluído que registrou até nas paredes a própria vida, deixando-nos um importante legado.
  No entanto escrever bem é um dom, quase um instinto. Conheço pessoas que mal sabem identificar o sujeito em uma frase, entretanto seus textos são de uma sensibilidade e clareza invejáveis, porque sabem organizar as idéias e dispô-las numa seqüência tal, que transformam textos em artes.
  Isso significa que é bom ter método, conhecer regras gramaticais, como também saber identificar a hora de jogar fora todos os planos e comportamentos consagrados para obedecer unicamente ao instinto.

Eletícia Quintão     

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