terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

O SER JORNALISTA




  Jornalista não é produto de bancas escolares. É uma pessoa capaz de se fazer entender, com espírito crítico e elevado dom investigativo. Pode até ser lapidado em universidades, mas não se fabrica jornalista. É estranho assim, que se exija diploma ou que se queira regulamentar as suas atividades autônomas e autodidatas; originária dos grafólogos da idade da pedra e cuja comunicação alcança a moderna internet, larga usuária de simbologias e imagens. Seu principal censor já existe desde o raiar dos tempos, na figura de sua majestade o Leitor.
  Textos sem substância são reprovados na hora e seus autores alijados naturalmente, sem necessidade de doutos policiando o que escrevemos, com poder de vida ou morte aos escritos, a exemplo do ocorrido no filme “Farenheite 451”, quando um governo opressor proíbe a literatura, como forma de manter o controle da opinião pública, e um grupo de bombeiros é encarregado de atear fogo às coleções de livros encontradas. Curioso pelo mundo dos livros, o bombeiro Montag começa a questionar a moralidade e as intenções do sistema. Ele se apaixona por uma bela jovem que faz parte de um grupo rebelde, pró-literatura, e também se encanta pelos livros. Decide rebelar-se e, após incinerar seu chefe, foge para aquela comunidade que memoriza os livros e recita os textos para quem quiser ouvir. É óbvio que a preservação do escrito em livros e reportagens é imprescindível para as civilizações, tanto que o novo mundo tecnológico digitaliza e arquiva textos e imagens, compondo os atuais livros eletrônicos (e-books) que nos permitem ler em qualquer lugar ou hora, muito além das bibliotecas antigas.
  O jornalista investigativo ou não, só tem um compromisso fundamental: a verdade.

José Artur Paes Vieira de Melo

Nenhum comentário:

Postar um comentário