sexta-feira, 25 de março de 2011

A VIDA DE UM PRISIONEIRO


Nas Grades de um cárceres o mísero vivia
Vertendo as amargura da sorte cruciante
Privado é liberdade oculto é luz do dia
Não sentir o prazer da vida triunfante

Não podendo voltar a vida primitiva
Lamentava sua sorte desgraçado
E a ilusão tristonha da vida cativa
Transpassava-lhe o coração lado a lado

E como se não vendo o mundo em que habitava
Ao pássaro prisioneiro e triste ele imitava
Cantando os fados da terra em que nascera

Num choroso lamento o pobre prisioneiro
Dedilhando o violão seu único companheiro
Esquecera as desgraças que antes perecera

Raimundo Otoni Filho

1933

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