quinta-feira, 17 de março de 2011

Intervenção para o bem


O princípio (Gn 1:27-2:25). A Bíblia começa com a criação de um mundo novo por um Deus infinitamente sábio e poderoso. Primeiro, Ele cria o céu e os mares. Depois, árvores e plantas brotam no solo recém-criado. O céu se ilumina com o aparecimento do Sol e da lua. A seguir, a água e o céu explodem de atividade com peixes e pássaros. O ar se enche do som de animais e insetos. Finalmente, após tudo isso, Deus cria um homem e uma mulher. Talvez os anjos que observavam essa agitada atividade criadora poderiam ter pensado que a criação dos seres humanos foi um anticlímax, mas nesse caso eles teriam deixado de entender a essência da coisa. O homem e a mulher foram criados à própria imagem de Deus, e o mundo foi criado especialmente para eles. Eles se uniram sem qualquer vergonha, e finalmente Deus pronunciou Sua criação como sendo “muito boa”.

Deus concedeu à humanidade um ambiente saudável com frutas extremamente saudáveis. Convidou o homem e a mulher a cuidarem do jardim, onde eram cercados por beleza. Deus também colocou ouro e pedras preciosas nas terras banhadas pelos rios. Ele abençoou o homem e a mulher com um relacionamento. O toque final do Artista-Mestre foi a criação e preservação de um dia inteiro a cada semana para que os seres humanos descansassem e comungassem com Ele de maneira especial. Ele havia criado um ambiente perfeito, dos pontos de vista físico, mental, espiritual e relacional.

A doença (Gênesis 3). Gênesis 3 nos conta por que esse ambiente saudável, propício ao desenvolvimento, não durou. A criação foi infectada pelo pecado, o que causou mudanças na natureza e no relacionamento das pessoas com ela. Quando a vergonha entrou no mundo, Adão e Eva tentaram se cobrir com folhas de figueira (verso 7). Outras consequências vieram: o trabalho que uma vez trouxera alegria se tornou um pesado fardo (verso 17). A natureza começou a mudar. Onde tudo era bom, espinhos e ervas daninhas começaram a crescer (verso 18). A criação de Deus já não era perfeitamente saudável para os seres humanos. A morte entrou em ação (verso 19). O relacionamento equilibrado entre Adão e Eva deu lugar a uma luta pelo poder. Além disso, eles não podiam mais conversar face a face com Deus. Apesar desses efeitos tristes, Deus profetizou uma cura (verso 15). Ele próprio Se tornaria o bálsamo curativo.

A cura (Mt 4:23, 24). Milhares de anos mais tarde, nasceu uma criança. Seu nome era Emanuel, que significa “Deus conosco”. Pela primeira vez desde a Queda, os seres humanos podiam novamente falar com Deus face a face. O nome de Jesus significa “Javé é salvação”. Jesus veio para “salvar Seu povo dos pecados deles” (Mt 1:21-23).

A palavra grega comum para “salvar” que se encontra em Mateus 1:21 não é usada apenas para a salvação eterna (Jo 3:17), mas também para as curas física (Mt 9:21, 22), mental e espiritual (Lc 8:36), e mesmo a “cura” da morte (Lc 8:50). Esse amplo ministério é visto em Mateus 4:23, 24, que fala de Jesus ensinando nas sinagogas, proclamando o evangelho do Reino e curando as pessoas de todo tipo de doença, inclusive endemoninhados, epiléticos e paralíticos.

Como nada ou ninguém jamais poderia fazer, Jesus nos mostrou a verdadeira natureza de Deus (Jo 14:9). Por fim, Ele demonstrou o amor de Deus Se sacrificando para que pudéssemos viver (1Pe 2:24).

A recuperação (Rm 1:20). Faz quase dois mil anos que Jesus voltou para o Céu. Os seres humanos ainda estão impossibilitados de falar com Deus face a face. Contudo, apesar do canceroso progresso do pecado, ainda podemos ter na natureza vislumbres do paraíso perdido e do amor dAquele que planejou o paraíso para nós. Em Seu ministério de cura aqui na Terra, Jesus nos lembrou que a natureza continua a revelar o caráter de Deus. Muitas vezes, Ele ensinou lições sobre Deus através da natureza (Mt 6:25-34).

O Salmo 19:1, 2 diz: “Os céus declaram a glória de Deus; o firmamento proclama a obra das Suas mãos.”

Observando a natureza, também podemos aprender da justiça de Deus e de Sua fidelidade (Sl 50:6; 89:1-5). Paulo diz: “Pois desde a criação do mundo os atributos invisíveis de Deus, Seu eterno poder e Sua natureza divina, têm sido vistos claramente, sendo compreendidos por meio das coisas criadas” (Rm 1:20).

O que Deus planejou para Adão e Eva na Criação – boa alimentação, exercício física, água pura, luz do Sol, ar puro e repouso – ainda são coisas boas para nós hoje. Além disso, um relacionamento com Deus baseado na confiança contribui muito para a cura de muitos de nossos problemas físicos, mentais, espirituais e relacionais.

O fim (Ap 21 e 22). No fim dos tempos, a Bíblia descreve um novo começo, usando a imagem da natureza e da cura. Ela promete um tempo de cura espiritual e emocional (Ap 21:3, 4) e uma cidade de beleza sem precedentes construída com ouro e pedras preciosas (Ap 21:18-21). Assim como no princípio, a Nova Terra terá um rio e uma árvore. Só que agora será um rio de água da vida e uma árvore da vida com vários frutos. Com imagens que provavelmente só entenderemos plenamente naquele tempo, João diz que as folhas dessa árvore serão “para a cura das nações” (Ap 22:1, 2). A maldição causada pelo pecado já não existirá, e novamente os seres humanos poderão se comunicar com Deus face a face (Ap 22:4).

Mãos à Bíblia

O mundo natural apresenta um testemunho poderoso a respeito de Deus e de Seu poder. Infelizmente, como Paulo advertiu, os seres humanos abandonaram o Deus vivo e adoraram a criatura em lugar do Criador (veja Rm 1:19-25).

3. Leia Jeremias 10:12, 13. Que quadro é apresentado do poder criador de Deus e Sua participação nos fenômenos naturais? O que podemos aprender sobre o caráter de Deus por meio de Suas obras criadas?

4. Qual é a mensagem básica do Salmo 19:1-6? O que se pode aprender sobre a fidelidade de Deus?

Tradicionalmente, a natureza é considerada pelos adventistas do sétimo dia como o segundo livro de Deus. A observação e o estudo do mundo natural, quando feitos com humildade e mediante a influência do Espírito Santo, aprofundarão a fé e a confiança em Deus. Às vezes, quando tudo o mais falha, a beleza da natureza e o que ela nos diz sobre Deus, podem ser uma fonte de grande conforto e esperança.

Steven Gusse – Fletcher, EUA

http://classedosjovens.blogspot.com/

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