quarta-feira, 14 de setembro de 2011

ARREPEDIMENTO


No montes, nos vales, na chapada
A sombra da noite já caía
O sino tocava Ave Maria
E eu cochilava na calçada

Nisto uma entre-cortada
Uma sobra de janta me pedia
Despertei e cuidei do que ouvia
Respondi-lhe perdoi, não tenho nada

Vi seguir uma mãe sem esperança
E na frente da mãe uma criança
A quem antes neguei o seu pedido

Tinha sobra de janta, mas não dei
Quis chamá-la de novo, não chamei
Tive pena,, chorei de arrependido.

João Bandeira de caldas

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