sábado, 14 de maio de 2011

Agonia do Tempo I


Estrada de muitos grandes passos
Que se passa, que por ti passa
Por que não ficas?
Por meus pasmos olhos passa a vida
A saudade por um minuto mais aguarda.
Passou um sentimento estranho...
Vou buscar a felicidade.
Estou só de permanente passagem,
Contando pelo tempo das águas.
O calor da várzea é prenúncio
Que o tempo do relógio é uma farsa.
Tudo desliza em espiral sob meus olhos.
Contando pelo tempo dos anjos,
Respiro a lembrança de tua alma;
Teu sorriso são raios de esperança,
São raios amanhã, do amor na minha Vida.
Tuas palavras doces estão tentando passar.
Não sigam a valsa do relógio!
Não acreditem no manipulador do tempo!
Tudo passa em cascata
E esqueço de mim...
Por que não ficas?
Muitos passos essa estrada de teus olhos
Não passe, eu imploro que fiques;
O que passa não mais volta.
Contando pelo tempo dos sonhos,
Nos encontramos ao final;
Em boa hora vai a saudade
E pagarei as dezessete mil promessas
Que não passam, por mim não passam
Feitas ao longo dessa estrada,
Em cascata por sobre teus olhos.

Hilário Francelino
poeta varzealegrense

http://hilariopoesias.blogspot.com

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