sábado, 9 de julho de 2011

A CARA DO SERTÃO


Latada toda enfeitada
Lua branca, pé no chão
Sanfona preta e dourada
Pandeiro e violão
Muita menina faceira
Mulher falando besteira
É A CARA DO SERTÃO

Mundim do Vale rimando
Seus versos lá no oitão
O som de galo cantando
No armador um gibão
Uma casinha de taipa
Pois disso ninguém escapa
É A CARA DO SERTÃO

Baião de dois na panela
Garapa, milho, feijão
Café torrado no caco
Gergelim e agrião
Capote bem temperado
Carne de porco e de gado
É A CARA DO SERTÃO

De noite o céu estrelado
E o som de um violão
Fogueira, xote e xaxado
No peito a emoção
Saudade de um passado
Que sempre será lembrado
É A CARA DO SERTÃO

Um abraço


Claude Bloc

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