quinta-feira, 14 de julho de 2011

CASSIMIRO COCO EM VÁRZEA ALEGRE



Andei, andei, vasculhei, tropecei numa pedra, noutra, procurando...
Oh! Wow! WoW!
Achei! Achei no alto da antiga prefeitura o Cassimiro Coco, o nosso teatro de bonecos. Estava tão escondidinho, mas de qualquer maneira eu teria de achá-lo, porque o seu umbigo ali estava enterrado.
Fiquei conjecturando. Cá com os meus botões...
Ah! Já sei! Entrei em contato com o centro cultural do MOBRAL e disse do achado.
Logo após fomos contempladas pelo projeto federal exclusivo e o nosso Cassimiro Coco subiu ao palco da rua.
Extra, extra mamulengo. Seus personagens pareciam ventríloquos com aquelas vozes que surgiam não sei de onde.
De encenação a encenação, um silêncio... apenas gestos pantomímicos eram vistos.
De repente, pow! E a criançada assustada procurava colo.
Ai! Ai! Ai!
Aquelas falas esquisitas pareciam penduradas naquela empanada estremecida, parafraseavam uma linguagem folclórica, vindas dos tempos medievais, eu tenho certeza disso...
Parabenizo Damião Carlos Rodrigues, Damião dos Bonecos, que conservava com toda garra o gênero dos cultores e muita sensibilidade brincante.
Convém ressaltar, tenho no meu arquivo o elogio feito pelo jornal O POVO, que diz:
"Várzea Alegre apresentou uma mostra artesanal e folclórica que fazia inveja a qualquer cidade brasileira".
Ok?

Maria Otília Diniz Arcoverde

do seu livro "Crianças da minha vida e outros escopos página 241

Nenhum comentário:

Postar um comentário