quarta-feira, 13 de julho de 2011

FELICIDADE


O ônibus velho e roncador seguia por ruas tortuosas, num longo percurso. Eu estava nele diariamente,muito feliz. Chegaria a uma escola de madeira em que bodes, cabras e cabritos entravam num porão para explorá-lo. Batiam a cabeça sob meus pés.
Em determinado ponto da caminhada, o ônibus parava rapidamente e eu observava admirada, vinda de um beco, uma jovem mulher entregava um pacote amarrado em um pano de prato alvejado. O jovem motorista pegava a encomenda pela janela, Trocavam um sorriso lindo e discreto e seguia.
No ônibus da felicidade estavam o motorista e eu, ambos muito felizes, com nossa condição.
Não há regras para a felicidade.

Djanira Pio

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