sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

DESAPRENDEMOS A FALR COM OS NÃO CRENTES?


É impressionante o despreparo que a maioria dos artistas gospel demonstram para falar ao público "secular", onde os jargões, clichês e as frases feitas do gueto evangélico não fazem sentido e nem tem o mesmo efeito com o qual estão acostumados em suas apresentações junto ao publico de igreja. Infelizmente, só se prepararam para falar com gente da mesma fé que eles e por isso não têm discurso com profundidade para alcançar o perdido, quando a oportunidade de ser sal fora do saleiro chega.
Os padres não são preparados para falar apenas com católicos, bem como o umbandista/espiritualista também não é preparado para falar apenas com o seu público. É só ver a desenvoltura e a fluidez verbal com que desenvolvem suas idéias quando participam dos programas de TV, sem apresentarem gírias ou clichês dos seus ambientes religiosos, em respeito ao público que não está inserido na mesma cultura que eles.
Já os artistas gospel só têm o jargão igrejeiro e as muletas verbais (como aleluiaaaa, glória a Deus, o fogo vai cair) na ponta lingua, saiu disso naufragam. O mesmo acontece com a maioria do pastores, escritores, professores e demais pessoas da área de comunicação, ligadas à igreja evangélica. Não se mostram preparados para falar ou escrever para aqueles que Jesus mandou alcançar: Os que estão fora da igreja, entre eles os próprios apresentadores ou jornalistas que os entrevistam, pois estes não têm a menor obrigação de conhecer as expressões evangélicas criadas por nós, como "eu profetizo" ou "tomo posse" que, por vezes, até dentro da igreja soam estranho, imagine fora.
Não vemos aí sintomas preocupantes de uma igreja cujo discurso afirma querer alcançar o mundo, e que na prática está cada vez mais eficaz em falar com os de dentro?
Seria por que dentro encontram aceitação fácil para idéias, compreensão dos costumes e aderência para os produtos que querem vender?
Perguntas como estas podem incomodar um pouco, más são uma maneira de olharmos para nós mesmos e para a missão que nos foi confiada, aferindo o quanto estamos encaminhados para o cumprimento dela ou não.

Por Ielton Isorro
http://www.pulpitocristao.com/

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