segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Do abandono


Eu detestava ser poeta e fui deixando morrer - dia a dia- todo e qualquer traço de poesia que encontrei na vastidão de minha alma. Não suportei o maldito peso de escrever com o coração teso, sobre um infinito vale de angústias que enfim, transbordou de lágrimas. Matei, deixei morrer, suicidei, não sei... Apenas foi embora todo aquele lirismo que cultivei outrora. Agora que todo esse peso me abandonou, eu, não sou mais triste. Contudo, o abismo ainda me chama e sem lágrimas, restando apenas lama, como um poço imenso de letargia que compõe minha nova essência fria. Agora que a poesia me deixou, eu não sou mais o que sou. Agora minha alma é vazia.

Agora... Temo não ser mais nada!

WILL ESCRITOR ANALFABETO
http://escritoranalfabeto.blogspot.com

Um comentário:

  1. A morte do lirismo, da alegria do se expressar com rima, versos, com coisas apaixonante, com dores do coração partido, deixar de falar das coisas da alma, do que sente o coração é realmente morrer...
    Íris Pereira

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