sábado, 15 de janeiro de 2011

A CASA DE PAI DIRCEU OU TOMBA, OU SERÁ TOMBADA.


A casa que foi segura
Parecida com um quartel,
Foi casa de coronel
Mas hoje tá insegura.
Pra ser casa de cultura
Ela tá muito acabada,
Mas dando uma penteada
Fica a cara de um museu,
A CASA DE PAI DIRCEU
OU TOMBA, OU SERÁ TOMBADA.

Lembro da casa todinha,
De grade, porta e janela
Do pé de siriguela,
Da sala, copa e cozinha.
Lembro também de Maezinha
Que era a boa empregada,
Mas só servia coalhada
Pra Moacir e Tadeu.
A CASA DE PAI DIRCEU
OU TOMBA, OU SERÁ TOMBADA.

O casarão merecia
Fazer parte da história,
Pois ele tem na memória
Tudo que acontecia,
A salva do meio dia,
A missa da madrugada,
A bandeira levantada
E a igreja quando cedeu.
A CASA DE PAI DIRCEU
OU TOMBA, OU SERÁ TOMBADA.

Pai Dirceu do casarão
Ouvia a misa campal,
Via a pia batismal
E escutava o sermão.
Assistía a procissão
Sentado em sua calçada,
Calado sem dizer nada
Da esmola que esqueceu.
A CASA DE PAI DIRCEU
OU TOMBA, OU SERÁ TOMBADA.
Na casa tinha um porão
Que pouca gente sabia,
Era onde eu me escondia
Pra não tomar injeção.
Eu passava do portão
Descia pela escada,
Deixava a porta trancada
E o porão ficava um breu.
A CASA DE PAI DIRCEU
OU TOMBA, OU SERÁ TOMBADA.

Mundim do Vale
copiado do blog do sanharol

Nenhum comentário:

Postar um comentário